17:55
Instituto Delphinum
Os mais diversos mutantes podiam ser vistos ao longe, retratados nas múltiplas janelas do instituto. Alguns permaneciam em seus dormitórios concluindo seus deveres, escrevendo com afinco em suas escrivaninhas, enquanto outros, aglomeravam-se na sala de televisão. Estava amanhecendo, e a vivacidade começava a reascender após a madrugada. Multidões brotavam pelos corredores, todos andando em direções contrárias com suas pastas embaixo do braço. Muitos com cara de sono, outros bem dispostos após uma transa matinal. Era assim o feliz e tranquilo cotidiano no Instituto Delphinum, que dia após dia prosperava. O segredo de um instituto, o segredo de um lar era algo mútuo. Todos partilhavam dos mesmos interesses: a paz, um refúgio.
Ainda naquela manhã, os laboratórios estavam apinhados de gente, a sala de perigo no constante surto de adrenalina a qual era designada. Uma luz, um som, o pânico. O instituto inteiro entrou em alerta, sirenes vermelhas brotavam de prateleiras, dos bebedouros e do próprio teto, identificando alguma emergência. Adolescentes corriam sem rumo, outros executavam o ato de emergência ao qual tanto praticaram. Aos poucos, a garagem se abria e de lá saiam os mais luxuosos automóveis, em fuga constante. O fogo, o barulho de hélices. Alguns mísseis eram jogados contra o telhado do instituto, gás lacrimogênio atordoava os pequenos aprendizes. Corpos estavam estirados pelos corredores, anteriormente alvejados por soldados trajados em preto. Os instrutores, a força maior daquele antro de aprendizagem, derrotavam os invasores com uma eficiência arrebatadora.
Becca Summers corria imponente entre os soldados, matando-os com um acenar dos dedos. O sangue borrifava em seu rosto, atribuindo àquela guerreira uma imagem heroica. Usufruindo de sua telecinese, rompia os vasos sanguíneos dos soldados e implodia seus corações em uma fração de segundos, ganhando tempo para os sobreviventes. Se locomovia desesperada pelo corredor, os cabelos deixando um rastro em chamas pelo ar. A cada vítima ainda viva que encontrava, as colocava em seu encalço e abria uma passagem para o hangar. Aos poucos, a hospedeira da Fênix ia varrendo o instituto, ora ou outra se deparando com instrutores mortos.
Uma multidão de alunos aguardava ansiosamente no hangar, sujos e feridos por consequência dos escombros. O hangar mantinha-se límpido e intacto, uma vez que era blindado desde o roda-pé. Becca Summer emergia do elevador prateado com o rosto exausto, mesmo que não ferida. Era de dar dó.
- Os instrutores estão mortos, todos eles. Consegui alvejar quase todos os inimigos lá de cima, mas não restou muito... Podem dar adeus ao seu lar, precisamos partir.
- Partir como? Ninguém aqui sabe pilotar. - Questionou Gwyneth Plurman, a veterana do grupo.
- Pilotar é o menor dos nossos problemas, não sabemos se eles estão aguardando por nossa partida, e enfim, nos apanhar com um ataque aéreo. Precisamos ser ágeis! - Becca subiu as escadinhas metálicas do Black Bird, iluminada pela luz branca que piscava dos estreitos degraus. Em questão de segundos, todos os alunos aglomeravam-se no jato. De fato, o número de passageiros era maior do que as poltronas.
- Quem ficou sem poltrona, dê um jeito de se fixar. Vamos partir! - Anunciou Becca, direcionando os dedos até a têmpora. O avião dava partida, e os propulsores enegrecidos emanavam fogo com uma potência magnífica.
O complexo aquático do Instituto vibrava sem explicação, até que uma das grandes piscinas se abriu ao meio, revelando um abismo metálico iluminado. O grande caça ascendia do hangar, subindo a piscina e revelando aos alunos uma visão horrível da estrutura do instituto; uma massa de poeira ocultava os destroços e vigas que haviam sido detonadas.
Ainda naquela manhã, os laboratórios estavam apinhados de gente, a sala de perigo no constante surto de adrenalina a qual era designada. Uma luz, um som, o pânico. O instituto inteiro entrou em alerta, sirenes vermelhas brotavam de prateleiras, dos bebedouros e do próprio teto, identificando alguma emergência. Adolescentes corriam sem rumo, outros executavam o ato de emergência ao qual tanto praticaram. Aos poucos, a garagem se abria e de lá saiam os mais luxuosos automóveis, em fuga constante. O fogo, o barulho de hélices. Alguns mísseis eram jogados contra o telhado do instituto, gás lacrimogênio atordoava os pequenos aprendizes. Corpos estavam estirados pelos corredores, anteriormente alvejados por soldados trajados em preto. Os instrutores, a força maior daquele antro de aprendizagem, derrotavam os invasores com uma eficiência arrebatadora.
Becca Summers corria imponente entre os soldados, matando-os com um acenar dos dedos. O sangue borrifava em seu rosto, atribuindo àquela guerreira uma imagem heroica. Usufruindo de sua telecinese, rompia os vasos sanguíneos dos soldados e implodia seus corações em uma fração de segundos, ganhando tempo para os sobreviventes. Se locomovia desesperada pelo corredor, os cabelos deixando um rastro em chamas pelo ar. A cada vítima ainda viva que encontrava, as colocava em seu encalço e abria uma passagem para o hangar. Aos poucos, a hospedeira da Fênix ia varrendo o instituto, ora ou outra se deparando com instrutores mortos.
Uma multidão de alunos aguardava ansiosamente no hangar, sujos e feridos por consequência dos escombros. O hangar mantinha-se límpido e intacto, uma vez que era blindado desde o roda-pé. Becca Summer emergia do elevador prateado com o rosto exausto, mesmo que não ferida. Era de dar dó.
- Os instrutores estão mortos, todos eles. Consegui alvejar quase todos os inimigos lá de cima, mas não restou muito... Podem dar adeus ao seu lar, precisamos partir.
- Partir como? Ninguém aqui sabe pilotar. - Questionou Gwyneth Plurman, a veterana do grupo.
- Pilotar é o menor dos nossos problemas, não sabemos se eles estão aguardando por nossa partida, e enfim, nos apanhar com um ataque aéreo. Precisamos ser ágeis! - Becca subiu as escadinhas metálicas do Black Bird, iluminada pela luz branca que piscava dos estreitos degraus. Em questão de segundos, todos os alunos aglomeravam-se no jato. De fato, o número de passageiros era maior do que as poltronas.
- Quem ficou sem poltrona, dê um jeito de se fixar. Vamos partir! - Anunciou Becca, direcionando os dedos até a têmpora. O avião dava partida, e os propulsores enegrecidos emanavam fogo com uma potência magnífica.
O complexo aquático do Instituto vibrava sem explicação, até que uma das grandes piscinas se abriu ao meio, revelando um abismo metálico iluminado. O grande caça ascendia do hangar, subindo a piscina e revelando aos alunos uma visão horrível da estrutura do instituto; uma massa de poeira ocultava os destroços e vigas que haviam sido detonadas.
19:26
Blackbird
- BECCA, A TURBINA ESQUERDA ESTÁ EM CHAMAS! - Berrou Gwyneth, agarrada à janela. O Black Bird passava por uma forte turbulência, assomado as luzinhas vermelhas que piscavam no painel. A alguns metros, dois caças do governo americano tentavam abater o jato negro com metralhadoras de alto calibre. Todos os mutantes que se situavam no interior mantinham-se agarrados a alguma coisa, assolados pelo medo e a insegurança.
O radar em verde adquiria um brilho urgente, revelando a posição incerta de dois mísseis inimigos. Becca agarrava os próprios cabelos em desespero, largando o painel e virando-se de costas para os tripulantes.
- Estou indo lá fora. - Anunciou Summers, livrando os cabelos ruivos de um penteado mal-feito. As madeixas vermelhas começavam a emanar calor, adquirindo um brilho possesso.
- Becca, não faça isso. Ninguém aqui sabe pilotar o caça, e você é a mais poderosa de todos... - Suplicou uma das calouras, presa a poltrona como se dependesse a sua vida.
- Gwyneth, você é a responsável por todos até eu retornar. Você é quem conhece todos os cumprimentos de emergência, a mais velha... Está no comando agora. - Disse a ruiva, andando em direção da traseira do avião.
- Não! Você não pode ir, você vai morr... - Protestou Gwyneth, erguendo a mão para Summers como se quisesse puxá-la para si. Mas já era tarde demais, e Becca evaporara do avião, reaparecendo em seu encalço.
Em meio ao céu quase negro, um ponto vermelho implodiu em um tornado de chamas, revelando Rebeca Summers. A hospedeira da fênix estava nua, com os olhos totalmente vermelhos e o cabelo em fogo. Os dois caças inimigos eram reduzidos a nada, consequência da presença da entidade. A garota, que agora estava fora de si em total possessão, via o BlackBird se afastando com a turbina em chamas, perdendo altitudes. Um movimento da mão, e o BlackBird foi impulsionado em velocidade supersônica para o além.
Rebecca Summers, a sucessora de Jean Grey, fora engolida pelo fogo.
O radar em verde adquiria um brilho urgente, revelando a posição incerta de dois mísseis inimigos. Becca agarrava os próprios cabelos em desespero, largando o painel e virando-se de costas para os tripulantes.
- Estou indo lá fora. - Anunciou Summers, livrando os cabelos ruivos de um penteado mal-feito. As madeixas vermelhas começavam a emanar calor, adquirindo um brilho possesso.
- Becca, não faça isso. Ninguém aqui sabe pilotar o caça, e você é a mais poderosa de todos... - Suplicou uma das calouras, presa a poltrona como se dependesse a sua vida.
- Gwyneth, você é a responsável por todos até eu retornar. Você é quem conhece todos os cumprimentos de emergência, a mais velha... Está no comando agora. - Disse a ruiva, andando em direção da traseira do avião.
- Não! Você não pode ir, você vai morr... - Protestou Gwyneth, erguendo a mão para Summers como se quisesse puxá-la para si. Mas já era tarde demais, e Becca evaporara do avião, reaparecendo em seu encalço.
Em meio ao céu quase negro, um ponto vermelho implodiu em um tornado de chamas, revelando Rebeca Summers. A hospedeira da fênix estava nua, com os olhos totalmente vermelhos e o cabelo em fogo. Os dois caças inimigos eram reduzidos a nada, consequência da presença da entidade. A garota, que agora estava fora de si em total possessão, via o BlackBird se afastando com a turbina em chamas, perdendo altitudes. Um movimento da mão, e o BlackBird foi impulsionado em velocidade supersônica para o além.
Rebecca Summers, a sucessora de Jean Grey, fora engolida pelo fogo.
20:18
Reserva de Duskhill
A súbita ajuda de Rebecca tinha caído muito bem a atual situação, os impulsionando em uma velocidade esplêndida para longe dos caças. Embora tenham se adiantado muito e ganhado distância dos EUA, alcançavam agora alguma parte do norte do Reino Unido, sobrevoando as florestas obscuras e remotas da região. O caça começava a perder atitude, e Gwyneth Plurman dedilhava amadoramente o painel do caça.
- Precisamos pousar. - O caça foi baixando mais rápido do que devia, enquanto os trens de pouso se enroscavam nas árvores e eram perdidos pelo caminho. A aluna diminuiu sua velocidade, e a aeronave pousou de barriga no solo, camuflada por uma floresta infinita.
Depois que a ajuda chegou, trazendo consigo alguns outros mutantes mais velhos, o fogo que se alastrava na floresta foi rapidamente contido, e os socorros foram prestados aos mais feridos. Por fim, quando o clima de incerteza voltou a tomar conta, Gwyneth tomou o centro da clareira aberta pela chuva produzida por um dos jovens.
- Erguer acampamento. - Anunciou a responsável.
- Precisamos pousar. - O caça foi baixando mais rápido do que devia, enquanto os trens de pouso se enroscavam nas árvores e eram perdidos pelo caminho. A aluna diminuiu sua velocidade, e a aeronave pousou de barriga no solo, camuflada por uma floresta infinita.
Depois que a ajuda chegou, trazendo consigo alguns outros mutantes mais velhos, o fogo que se alastrava na floresta foi rapidamente contido, e os socorros foram prestados aos mais feridos. Por fim, quando o clima de incerteza voltou a tomar conta, Gwyneth tomou o centro da clareira aberta pela chuva produzida por um dos jovens.
- Erguer acampamento. - Anunciou a responsável.